Título
Original: Lá e Cá – histórias de uma terra chamada Brasil
Autor: Túlio Augusto Lobo
Ano: 2021
Páginas: 146
Onde comprar: Uiclap
* Obra gentilmente cedida pelo autor.
Lá e cá – histórias de uma terra chamada Brasil é uma coletânea de contos que irá conquistar o leitor da forma irreverente, sarcásticas e bem humorada do autor de retratar das mazelas que nosso país possui. Confesso que ri demais durante a leitura, imaginando algumas cenas que realmente são hilárias.
A obra é dividida em duas partes, onde a primeira se chama “Lá” e a segunda “Cá”, aqui temos nas entrelinhas a visão sócio política do autor em relação a algumas situações em que vivemos, como a desigualdade social, a ambição e egocentrismo do ser humano, onde ele nos apresenta com aquela acidez necessária que retrata bem o significado do que ocorre.
O que me atrai nessa obra é a objetividade que os contos possuem, dando a cada um, sua particularidade. Túlio vai direto ao ponto, sem enrolar, sem deixar pontas solta, sendo assim, em momento nenhum, seus textos ficam arrastados ou desinteressantes, ao contrário, a cada história lida já desejamos partir para o próximo, pois a curiosidade fica muito aguçada para sabermos o que nos espera e até compararmos com os já lidos.
Me impressiona a criatividade usada pelo autor para a construção das narrativas, destaco aqui meus dois contos preferidos dessa coletânea que são “ O julgamento das formigas” e “USS Copacabana”. O que esses textos nos apresentam são dignos de virarem uma adaptação nas telas, pois foram muito bem bolados, para mim, essas duas leituras já fazem valer o livro todo.
Portanto, se ficaram curiosos com o que essa obra possui, não perca mais tempo e garanta já seu exemplar, pois com certeza ficará bem satisfeito com a escrita desse autor que possui um talento para com a escrita e com a crítica social de forma descontraída e com uma irreverência que é impossível não se interessar. Recomendo demais.
Sobre o autor
Túlio Augusto Lobo nasceu em Goiânia, em 1987. Formou-se em História, sendo o primeiro de toda a família a ter formação superior e trabalha como professor da rede pública, desde 2014. Sempre gostou de observar a sociedade, as pessoas, suas ações e reações no convívio social. Para ele, olhar o mensageiro e a mensagem, sempre foi um tipo de passatempo.
Seus escritos são seu olhar sobre o mundo e sobre a si mesmo. Não escreve para agradar, mas apenas sem medo de expor certo nível de rejeição pelo modo como as coisas normalmente são no mundo e porque, além de uma crítica social, escrever também é um exercício de autocrítica.
@Gustavo Barberá – 16/08/2021.
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