Título Original: Somos todos malas
Autora: Daniela Yuri Uchino
Ano: 2021
Editora: Casa do escritor
Páginas: 266
Onde comprar: Amazon

 

* Obra gentilmente cedida pela escritora.

 

     É terrível quando estamos querendo um pouco de tranquilidade, seja ela em nosso cotidiano ou em momentos de lazer e do nada aparece aquele ser chato, impertinente que nos tira a paz com comportamentos irritantes e que não tem o famoso “simancol” de que está sendo uma perfeita mala sem alça.

 

     E é aqui nessa coletânea de contos que Daniela Yuri Uchino nos apresenta textos em que essas pessoas, sejam elas desconhecidas ou até entes familiares que são irritantes, e nos atormentam, o que representam o nome de sua obra,  onde iremos rir demais com situações totalmente realísticas e embasadas em fatos de nosso cotidiano.

 

     Confesso que fiquei ligado nas histórias, desde a primeira página, além de me despertar aquele mal estar de quando uma pessoa irritante fica colado em mim o tempo todo, me recordei de várias situações que aconteceu comigo em alguns contos lidos, o que me fez devorar a obra em dois dias, pois queria saber sempre se o próximo teria outra situação igual semelhante que já passei.

 

     São histórias gostosas de se ler, a autora soube criar um enredo bem tranquilo e ao mesmo tempo divertido, pois muitas situações chegam a ser hilárias e me fizeram chorar de rir, pois imaginava a cena descrita no momento da leitura.

 

     É uma obra em que todos podem ler, desde a criança até o adulto, pois possui uma linguagem tranquila e de fácil entendimento, com personagens bem criados, cenas bem construídas e um ambiente familiar e de muita descontração.

 

     Se você quer se divertir com a reação das pessoas de estar perto de uma pessoa mala, não deixe de ler essa obra e quem sabe não se identifique um também sem perceber no decorrer da leitura e tente mudar o mais rápido possível!!!

 

 

 

Sobre a autora

 

 

Daniela Yuri Uchino é paulistana, mestre e doutora em Letras pela USP. Em 2020 e 2021, participou das antologias literárias de contos e crônicas, respectivamente, “Histórias do Isolamento” e “Histórias do carnaval”, ambas da editora Todas as Musas. 

 

Mãe de duas crianças em idade escolar, Daniela vive em São Paulo, em meio ao dia a dia agitado de uma grande cidade.

 

 

 

 

 

 

 

@Gustavo  Barberá – 12/09/2021.

 

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Conto: Nunca aposte a cabeça com o diabo
Livro: Edgar Allan Poe – Medo clássico, vol. 1
Autor: Edgar Allan Poe
Editora: Darkside
Ano: 2017
Páginas: 400
Onde comprar:
Amazon, Darkside

 

 

Olá seres enigmáticos, tudo bem? O Leitura Enigmática, junto com o blog “Conduta Literária” e com o autor Bruno Godoi como patrono estamos com o projeto #lendopoe e hoje é a vez de lhes apresentar a resenha do conto “Nunca aposte a cabeça com o diabo”, que faz parte da seção “Ímpeto aventureiro” no livro "Medo Clássico", publicado pela Darksidebooks.

 

     Aqui temos a história de Toby Dammit, que morreu como um pobre coitado, mas não naturalmente, mas por uma atitude hedionda de sua mãe, desde criança. Prepare-se que são cenas fortes de chocar o leitor. E o narrador, amigo de Dammit, presenciou toda essa violência. Com o tempo Toby cresceu e ficando perturbado mentalmente, ele começou a apostar com as pessoas, mas não tendo dinheiro para pagar, ele aposta sua cabeça para o diabo. A partir daí, o narrador tenta ajuda-lo para não fazer tal ação.

 

     Esse é um conto em que Edgar Allan Poe faz uma crítica aos críticos da época, onde presumo eu que ele estava sendo criticado pelas suas obras, pois aqui, na história temos um narrador que recebe uma crítica de que seus contos não possui uma moral para que seja passada para o leitor e aqui o autor chama essas pessoas de transcendentalistas (escola americana filosófica que fala sobre o misticismo panteísta).

 

     Nota-se, claro, a revolta que Poe coloca em seu personagem pela falta de bom senso, onde parece que qualquer um se acha o crítico literário e não se tem competência para tal cargo e essa história serve para dar como se fosse uma lição nesses profissionais da época.

 

     Aqui não se tem nenhum sofrimento, nenhum relato de amor ou melancolia, marcas registradas de Poe em suas histórias, além de ser necessário muita atenção para se ler, caso contrário não se conseguirá entender o que ele quer nos passar.

 

     Particularmente esse é o conto que menos me atraiu, achei bem cansativo, precisava voltar sempre alguns parágrafos para compreender, o que me passou uma sensação de narrativa arrastada e complicada (provavelmente Poe está se revirando no túmulo agora de raiva da minha pessoa), mas recomendo que leiam, pois se para mim não caiu muito bem, provavelmente para você possa ser o contrário.

 

     Esse conto encerra a obra “Medo Classico – Volume 1”, da editora Darksidebooks e teremos outro volume com mais trabalhos do autor em que em breve estaremos trazendo aqui para vocês.

 

 

 

Sobre o autor

 

 

Tido por Stephen King como um dos pais do horror moderno, Edgar Allan Poe nasceu em Boston, no estado norte-americano de Massachussets, no dia 19 de Janeiro de 1809, tendo falecido não mais de 40 anos depois , no 7 de Outubro de 1849, em condições misteriosas. A morte, diga-se de passagem, desse indivíduo foi tão misteriosa quanto agitada foi a sua vida.

 

Saiu de casa ainda jovem para tentar ganhar a vida como escritor, a contragosto de seus familiares, em uma época em que, a menos que fosse um Charles Dickens ou um Tosltói , tentar tal empreitada poderia ser uma quase certeza de suicídio financeiro. Foi adotado quando da morte de sua mãe por complicações de parto e, anteriormente, do desamparo em que sua família foi deixada por conta da fuga de seu pai biológico de casa.

 

     Tendo recebido sólida educação quando da infância já no lar de seus pais adotivos, estudou na Inglaterra e voltou para os Estados Unidos trabalhando como crítico literário e publicando poemas e contos. Entre eles está “ O corvo”, poema que fez um tremendo sucesso. Faleceu em condições estranhas, 4 dias após ter sido achado vagando em Baltimore. Da causa mortis estão entre as suposições raiva, tuberculose, sífilis, alcoolismo e doenças cerebrais desconhecidas.

 

@Gustavo Barberá – 11/09/2021.