Título: A bruxa do véu negro
Autor: Marcos P. Silva
Ano: 2021
Editora: Flyve/Voe
Páginas: 364
Onde comprar:
Flyve

 

*Livro gentilmente cedido pelo autor.

 

     Para os fãs de terror com bruxaria e muito sobrenatural, “A bruxa do véu negro” chegou para realmente ensinar o que é uma leitura de horror que te dá aquele desespero fulminante e não dá importância para o grau máximo de perturbação que irá causar no leitor.

 

     A história se passa na pequena cidade sem nome, onde fatos bizarros e sombrios começam a surgir e aterrorizar os moradores, onde diziam ver uma mulher vestindo um traja preto e com um véu envolvendo seu rosto e onde ela se encontrava, o ambiente se envolvia por uma névoa e a partir desse momento, fatos sobrenaturais vinham à tona.

 

     Eu, como um leitor fissurado em terror, devorei essa obra, ela está em minhas melhores leituras desse ano, pois me conquistou por completo em todos os sentidos: enredo, personagens, escrita muito bem elaborada e principalmente a ideia e criação do autor.

 

     Gosto demais de passar medo em leituras de terror e esse livro me fez arrepiar em vários momentos, não sei como me expressar como eu me apaixonei pela trama, a todo momento fatos me surpreendiam, plots apareciam e faziam com que eu não conseguisse largar a obra, sem falar a sensação que tinha sempre de estar participando da história, como se a obra me abduzisse nela. A sensação é magnifica.

 

     Narrada em terceira pessoa, o autor conseguiu perfeitamente prender a atenção do leitor com um enredo muito fluído, intenso e que faz jus com louvor de uma história de terror, confesso que já estou de olho para uma releitura para desejar passar toda a aflição e desespero junto com os personagens novamente. Esse livro é aquele onde eu ficaria horas debatendo.

 

     Portanto, se você curte uma boa história de terror, mas não é qualquer um e sim aquele pesado de te deixar noites sem dormir pelo que se encontra em seu contexto, por favor, não deixe de ler “A bruxa do véu negro” e verá a verdadeira face do pavor sem o mínimo esforço. É bom demais!!!

 

 

 

Sobre o autor

 

 

Marcos Paulo Silva nasceu em 2004, em Itajaí, onde mora com a família e seu cachorro. Ainda na tenra idade, adquiriu enorme apreço por literatura fantástica, aventurando-se no gênero no início de sua vida como escritor. 

 

Foi em setembro de 2020 que fincou suas raízes no terror ao começar a escrever A Bruxa do Véu Negro, seu livro de estreia publicado pela editora Flyve. 

 

Em seu tempo livre, costuma jogar xadrez e ver filmes, além de adorar cozinhar tortas doces.

 

 

@Gustavo Barberá – 24/05/2022.

 

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No dia 02 de julho, sábado, às 18h, no estande da editora, durante a 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo – 2022, no Expo Center Norte, a SCORTECCI, que edita, imprime e comercializa livros desde 1982, vai comemorar o seu aniversário de 40 anos!

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Pedidos até 15 de junho de 2022. 
 
 
@Gustavo Barberá - 21/05/2022.


 

 

 






Título: Frater Angelicus
Autor: Oz Montgomey
Ano: 2021
Editora: Coerência
Páginas: 258
Onde comprar:
Coerência

 

*Obra gentilmente cedida pelo autor.

 

     Frater Angelicus é um romance dark, que agradará a todos, pois há a presença do sobrenatural, porém sem necessidade de se ter sangue jorrando ou carnificina. É uma leitura curiosa e filosófica, assim posso dizer.

 

     A história nos traz Davis, um frade diferente dos demais, pois possui um dom de ver seres sobrenaturais, onde após ser amaldiçoado, ganha a imortalidade ele começa a ter uma vida pecaminosa e ao passar do tempo, ele resolver voltar ao seu passado para desvendar algumas dúvidas que ele encontra nesse meio tempo e para isso ele conta com a ajuda de seu melhor amigo, Lancy, um anjo que trocou a vida nos céus para viver como humano.

 

     Já aviso que a obra não fala de religião, é uma obra de ficção que irá conquistar o leitor com o enredo que possui. Oz Montgomery criou um ambiente misterioso e repleto de plots que irão surpreender todos com sua escrita perspicaz e envolvente.

 

     Logo de início, a história parece parada, mas foi necessário a forma que o autor a conduziu, pois é como se fosse um aquecimento para o que se vem em seguida, aí se prepare, pois a trama se torna intensa e muito curiosa, nos desejando saber o que está por vir.

 

     Os personagens criados pelo autor marcam presença, além de nos fazer refletir em várias passagens da história, pois temos um turbilhão de emoções nesse enredo que é bem construído, intenso e fluído.

 

     Então, se curte uma história de amor, mas onde há mistério, sobrenatural e que te faça levantar questionamentos, não deixe de ler “Frater Angelicus” e se envolva em uma trama sólida e enigmática. Recomendo demais.

 

 

 

 

Sobre o autor

 

 

Oz Montgomery nasceu e mora em São Paulo. Leitor assíduo desde criança, encantou-se pelos livros com a série infantojuvenil Vaga-Lume, mas foi com a leitura de Alquimista, de Paulo Coelho, que encontrou sua vocação para a escrita. 

 

Amante de romances sobrenaturais e de fantasia, encontra na linha tênue entre o real e o inacreditável a inspiração para seus escritos.

 

Gestor comercial, dedica seu tempo livre à escrita e à sua paixão por cães e pela natureza. FraterAngelicus é sua publicação de estreia.

 

 

 

@Gustavo Barberá – 19/05/2022.

 

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Conto: O homem da multidão
Livro: Edgar Allan Poe – Medo clássico, vol. 2
Autor: Edgar Allan Poe
Editora: Darkside
Ano: 2018
Páginas: 240

 

Olá seres enigmáticos, tudo bem com vocês? Eu e a Fernanda do blog Conduta Literária estamos com o magnífico projeto #lendopoe, onde iremos resenhar os contos do livro “Edgar Allan Poe” – Volume 2 do selo “Medo Clássico”, da Darkside Books. Esse mês daremos início com o conto “O homem da multidão”.

 

     O conto nos traz um narrador que observa o homem moderno em plena Londres. Anulada pela aglomeração, a humanidade vaga pela cidade, marcada pela indiferença brutal com o outro e pelo automatismo em seu agir. Mas nem todos conseguem se encaixar neste padrão. E ele percebe o mal estar desse senhor ao ver a movimentação dessa multidão

 

     Percebi a agonia nesse personagem que como de praxe não possui nome, por vontade de Poe. Ele sente-se sufocado com a agitação de pessoas indo e vindo, pessoas que ele observava e não sabia se as veriam novamente, onde ele possuía tipo de uma paranoia que o assombrava.

 

     Poe consegue passar toda essa perturbação para o leitor, pois confesso que fiquei sufocado e inquieto no decorrer da leitura. Aqui não temos amor, mas sim sentimentos do cotidiano dos seres humanos.

 

     No decorrer da leitura, fiquei pensativo em saber o que se passa na cabeça das pessoas em todo momento, como que se desejasse poder ler pensamentos. Fato que me deixou assim ao perceber que o protagonista começou a andar em círculos filosofando sobre o burburinho do ir e vir das pessoas.

 

     É um conto curto, porém filosófico que nos faz ir e vir em pensamentos, mexendo com nossa percepção de como a vida passa, sem que percebemos, uma excelente história que todos devem conferir. 

 

 

 

Sobre o autor

 

 

Edgar Allan Poe (1808-1849) nasceu em Boston, Estados Unidos, em 19 de Janeiro de 1809. Filho de David Poe e Elizabeth Arnold, atores de teatro, ficou órfão de mãe e foi abandonado por seu pai. Nunca foi formalmente adotado, porém foi acolhido por uma família bem posicionada financeiramente em Baltimore, na Virgínia, que lhe proporcionou uma educação de qualidade, com os melhores professores da época.

 

Poe ingressou na Universidade de Virgínia, destacando-se no estudo de Línguas Românticas, antigas e modernas. Possuía comportamento inquieto e indisciplinado, passando a maior parte desta época envolvido com mulheres e bebidas. Demonstrou interesse desde muito cedo pela literatura, e sua carreira de escritor começou pouco depois de abandonar a Universidade, com a publicação de uma coleção anônima de poemas, que recebeu o nome de “Tomerlane and Other Poems”, em 1827.

 

     Entrou para a carreira militar em 1829, na Academia de West Point, mas acabou sendo expulso por indisciplina. Depois de perder a mesada de seu tutor, passou a sobreviver de seus escritos. Tornou-se editor de uma revista de Richmond, e foi morar com sua tia viúva e sua filha Virgínia Clemm.

 

     Em 1836 casou-se em segredo com sua prima Virgínia, na época com apenas 13 anos de idade. Pouco tempo depois perdeu o emprego, e passou por diversas dificuldades financeiras, que foram superadas ao vencer os concursos de conto e poesia, promovidos pela revista “Southern Literary Messager”.

 

     Foi convidado a dirigir a revista, e durante dois anos esteve à frente do periódico, onde publicava contos, poemas e artigos de crítica literária. Por conta de seu vício em bebidas, perdeu seu emprego. Nesta mesma época, sua esposa adoece, e Poe se vê obrigado a produzir como freelancer, porém sem grandes resultados. Afunda-se ainda mais na bebida, e a morte de sua esposa agrava ainda mais o seu problema.

 

     Edgar Allan Poe deixou diversos poemas, contos, romances, temas policiais e de horror. Muitas de suas obras abordam a temática do sofrimento causado pela morte, pois ele acreditava que não existia nada mais romântico do que um poema escrito sobre a morte de uma mulher bonita.

 

     É considerado o criador do conto policial, e suas obras foram um marco para a literatura norte-americana contemporânea, influenciando posteriormente diversas gerações de escritores.

 

     Faleceu, em decorrência de doenças causadas pelo uso exagerado de bebidas alcoólicas, em uma taberna de Baltimore, no dia 07 de Outubro de 1849.

 

@Gustavo Barberá – 14/05/2022.