Resenha do livro "A sombra de Zya"
Título originl: A sombra de Zya
Autor: Henrique Frantz
Ano: 2018
Editora: Independente
Páginas: 198
Onde comprar: Amazon
Autor: Henrique Frantz
Ano: 2018
Editora: Independente
Páginas: 198
Onde comprar: Amazon
*Obra gentilmente cedida pelo escritor.
A sombra de Zya é uma fantasia distópica criada pelo escritor Henrique Frantz que conquistou vários leitores do gênero. É uma leitura agradável, repleta de segredos e mistérios que conforme são descobertos, mais surpreendente fica a história, nos prendendo e querendo saber cada vez mais onde a trama vai chegar.
A história conta que séculos atrás, um rei foi amaldiçoado e trancafiado em um mausoléu para morrer. No entanto, ao invés de sucumbir, ele absorveu toda a escuridão e se transformou em uma sombra. Desde então, esta alma tem vagado pelo reino de Oneratus, atraindo seguidores de todos os cantos e de todas as regiões. Nemoren era o símbolo deles, mas não é mais o de Liell, que deixou de acreditar em lendas e em histórias de dormir ainda quando vivia em um educandário, na época em que Zya morrera. Ele jamais se esqueceu do dia em que o amigo soltara a sua mão e caíra na mais absoluta escuridão.
Como precisava se conformar com a vida entre o proletário e seguir as regras que o palácio impôs, ele deixou de ser a criança sonhadora que um dia foi. Entretanto, quando Roben, a única amiga que lhe restara, torna-se membro do culto de Nemoren, Liell decide ir atrás dela e, aos poucos, vai percebendo que o propósito dos seguidores não é tão bom quanto dizem. Nem perto disso. E, mais ainda, o rapaz começa a sentir que o seu passado pode ser a chave para clarear a névoa que vive entre as sombras e, quem sabe, ser capaz de trazer a alma de volta.
"Sabe, eu tenho inveja dos monstros dos nossos contos de fadas.
Eles não sentiam culpa, eles não sentiam pena, eles não sentiam nada.
Eles eram maus apenas porque precisavam ser".
O que me deixa um pouco assustado nessas histórias é a possibilidade do que está sendo descrito algum dia aconteça na realidade. Aqui por exemplo as pessoas perdem alguns direitos como a de assistir programas de televisão, onde a mesma ficava fora do ar o tempo todo, apenas era conectada para os pronunciamentos do Governo e mais nada, assim como a proibição de uso de celulares e de acesso a internet. Mas o pior de tudo são as mães que perdem seus filhos, onde com seis anos, ambos meninos e meninas são entregues ao Governo para ficarem em tempo integral em um complexo chamado Pólis para serem treinados e estarem aptos para servirem ao Reino de Oneratu. Elas se tornavam propriedade dele. Na verdade elas eram alvo de uma lavagem cerebral que recebiam, vítimas da ideologia desse Reino.
"A ilusão ensinada na Pólis não chega nem perto da realidade que a gente encontra aqui do lado de fora".
Essa situação toda deixou Liell revoltado, pois tinha fugido da Pólis quando criança com seu amigo Zya, que morrera durante a fuga e agora estava assistindo a cerimônia de entrega de mais uma turma de crianças, onde seu sobrinho fazia parte. Isso o levou a lembranças amargas do passado de tudo que já tinha passado por lá.
"Depois da leitura dos nomes, todas as crianças já estavam enfileiradas sob o palco, como se fossem produtos".
Já o último quesito citado desse conflito, é o pior: O Reino de Oneratu criou regras e não segui-las seria alvo de punições que seriam desde a prisão até a morte, dependendo da infração cometida. Os quatro crimes mortais criados pelos governantes são: furtar, assassinar, rebelar e insubordinar. Mas como em toda história, em todo o lugar, a corrupção sempre está presente. Era proibido o roubo, mas os políticos que ficavam no castelo de D’elia (local semelhante ao Palácio do Planalto, em Brasília) eram os que mais faziam e nada acontecia.
Narrada em terceira pessoa, a obra traz um enredo polêmico onde temos o conflito liberdade x meio ambiente x igualdade social x aspecto moral. A primeira, praticamente não existe mais, pois além do que já foi descrito agora pouco sobre as proibições do uso dos meios tecnológicos, as pessoas ainda eram alvo do toque de recolher imposto pelo Governo que começava das seis da tarde até as seis da manhã. Quem era pego iria para a prisão. Os rios estavam totalmente poluídos e fétidos, impróprios para qualquer uso que fosse. E a classe superior como sempre, tinham regalias em várias atividades, deixando os menos favorecidos discriminados.
Já o último quesito citado desse conflito, é o pior: O Reino de Oneratu criou regras e não segui-las seria alvo de punições que seriam desde a prisão até a morte, dependendo da infração cometida. Os quatro crimes mortais criados pelos governantes são: furtar, assassinar, rebelar e insubordinar. Mas como em toda história, em todo o lugar, a corrupção sempre está presente. Era proibido o roubo, mas os políticos que ficavam no castelo de D’elia (local semelhante ao Palácio do Planalto, em Brasília) eram os que mais faziam e nada acontecia.
"Às vezes a vida é como uma casa cheia de cupins".
Liell tem uma melhor amiga, chamada Robin que não aceita essas regras e se une a uma seita que repudia o Governo atual e tramam seu declínio. Fiel a Nemorem, ela desaparece e faz com que Liell vá procurá-la e descobre de forma inacreditável essa seita. Isso a deixa muito irritada, pois estava cansada de ser integrante de Oneratu e da sua vida em relação a ter que seguir regras e ser submissa a essa nova sociedade.
Por ser uma fantasia, o sobrenatural está presente. Após Zya ter morrido, ele se transforma em uma nuvem de fumaça com uma força extraordinária, onde realiza alguns assassinatos, mas com um propósito que só lendo a obra para saber. Essa maldição aparece constantemente no decorrer da história.
Liell tem uma melhor amiga, chamada Robin que não aceita essas regras e se une a uma seita que repudia o Governo atual e tramam seu declínio. Fiel a Nemorem, ela desaparece e faz com que Liell vá procurá-la e descobre de forma inacreditável essa seita. Isso a deixa muito irritada, pois estava cansada de ser integrante de Oneratu e da sua vida em relação a ter que seguir regras e ser submissa a essa nova sociedade.
"Não tem graça nenhuma ser uma cópia barata do que os outros já foram".
@Gustavo Barberá – 13/01/2019.
E os integrantes dessa nova seita, para serem aceitos precisavam passar por testes e se obtivessem sucesso, seriam aptos a fazer parte e um símbolo era tatuado em uma de suas mãos. Isso me fez lembrar do filme “O albergue”. E de uma hora para outra, quase no final da trama, há uma virada impactante, onde fatos jamais deduzidos durante a leitura são revelados e atitudes dráticas são tomadas. Quais são elas? Só lendo “A sombra de Zya” e descobrindo. É uma história surpreendente e recomendo para todos.
@Gustavo Barberá – 13/01/2019.
Puxa, que distopia bacana, Gustavo! Li no Instagram a prévia que nos deu e não pude deixar de vir aqui para conferir a resenha inteira! E adorei, é claro! Quantos temas interessantes abordados na mesma narrativa! Parabéns pelo trabalho de excelência que tem realizado! Abraços!
ResponderExcluirOie,
ResponderExcluirnão curto muito esse tipo de livro, o que me chamou atenção foi o autor usar o poder que o Governo tem sobre as pessoas, tirar o direito delas, isso deixa o livro interessante, colocar Politica no meio de uma história assim trás um pouco de realidade.
Mas gente, eu fiquei com vontade de ler esse livro agora.
ResponderExcluirAchei bem interessante a premissa do livro. Principalmente se considerarmos o momento que passamos no brasil e no mundo. Fiquei curiosa pra saber o desenrolar da história!
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirEu nunca tinha ouvido falar dessa obra, mas parece bem interessante. Principalmente a questão política, realmente dá um medo ver que esse tipo de coisa absurda, possa acontecer. O livro realmente parece ser bem interessante, fiquei curiosa pra saber da reviravolta.
Beijos
www.lendoeapreciando.com
Oi Gustavo, tudo bem?
ResponderExcluirAinda não conhecia a obra, mas o fato de ser uma fantasia distópica já chamou a minha atenção, pois adoro narrativas com essa pegada. Também gostei desses conflitos abordados dentro do enredo e o fato de fazer nós pensarmos em algo assim no futuro me agrada. Adorei conhecer sua opinião!
Beijos!
Olá, Gustavo!
ResponderExcluirFico feliz que você tenha gostado da leitura, essa coisa toda de proibir a tv e o uso de internet é assustador. Deve ter sido bem triste a morte de seu amigo... Fico feliz que você tenha gostado do livro, mas infelizmente não me agradou tanto.
Não conhecia a obra, mas me interessei muito em ler, tem quase todos os elementos que gosto em um livro.
ResponderExcluirUau. Não sabia da existência desse livro, mas me chamou atenção pela ideia e trama. Estou curioso, obrigado, foi uma ótima dica
ResponderExcluirBy: Caio
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirA princípio não conheço esse livro, mas adorei a resenha "A sombra de Zya" é um nome deveras atrativo! Tem muito potencial.
Muito bom texto, gosto de como você detalhas as coisas deixando uma vontade de quero mais. Achei muito interessante a ideia, a história, o nome do livro. Gostei muito da trama e dos temas abordados. Esses autores que conseguem usar a fantasia de uma forma inteligente que tratam a crítica, sempre me deixam entusiasmada para ler. Quero ler!
ResponderExcluirOlá, tudo bem? Nossa, ainda não conhecia esse livro, mas achei a premissa dele bastante diferente e interessante. Adorei tua resenha e fiquei louca para ler a obra!
ResponderExcluirBeijos,
Duas Livreiras
Olá!
ResponderExcluirNão conhecia essa obra, mas gostei da premissa me parece ser bem interessante, mesmo não gostando de fantasia fiquei bem curiosa.
Fiquei bem animada e curiosa pra ler o livro adoro histórias de fantasias, mistérios, gostei muito da resenha é um livro bem gostoso de ler, quem gosta do gênero vai gostar muito, abraços.
ResponderExcluirSua resenha me deixou bem interessada pelo livro. A possibilidade dos fatos acontecerem na realidade o terem assustado aumentou a minha curiosidade.
ResponderExcluirQue distopia incrível, muitos temas polêmicos dentro da mesma trama e todos muito bem conectados entre si. Daria um ótimo filme ou uma série.
ResponderExcluirEu gosto bastante de distopia e acho que esse enredo tem tudo pra me envolver e conquistar. Já quero ler agora.
ResponderExcluirBeijos
Nao conhecia o livro, mas a abordagem sobre o governo tomar conta de tudo dessa forma, com certeza nos deixa receosos sim, quanto a realidade. Que seja apenas na leitura né?
ResponderExcluirApesar de não gostar de distopias, achei a premissa do livro muito interessante, porbser abordado um tema atual, apesar de tudo, pois esse receio em relação ao governo é real nos dias de hoje.
ResponderExcluirColoquei ele na minha lista de leituras para 2019, vamos dar espaço a novas descobertas e quem sabe este não será o livro que vai despertar meu interesse por distopias?
Não conhecia o autor,mas gostei de conhecer mais do trabalho dele.
É uma história maravilhosa, tenho certeza! Nela é relatado alguns de meus maiores medos, primeiro o de sermos proibidos de tudo, de ter conhecimento, de receber informação e o outro é que percamos nossa identidade, o direito de sermos o que somos, a passarmos a viver vidas que não nos pertencem, vidas que foram ditadas por homens dominadores. Fiquei muito curioso!
ResponderExcluirÓtima sugestão! Abraços! 😊
Oi, Gustavo!
ResponderExcluirEu não conhecia o livro, mas adoro ambos os gêneros: fantasia e distopia. Porém, achei a trama um pouco confusa. Primeiro estamos falando de palácios e reis, depois já estamos no atual momento, com TVs e Internet... Fiquei um pouco perdida. Me pareceu, obviamente só lendo a sua resenha, que o autor tentou colocar muitas coisas. Não sei se funcionou bem.
Pelo menos ele conseguiu introduzir umas críticas que me pareceram pertinentes.
Bjss
http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/
Cada vez mais eu tenho gostado de distopias e mesmo assim eu não conhecia esse livro. Fiquei impressionada com o pouco que nos trouxe desse Reino, realmente o enredo é polêmico, assim como Zya é um personagem curioso. Com tudo isso eu só tenho que anotar essa dica, quero ler.
ResponderExcluirAbraços.
Eu entendo a questão sobre você temer algumas coisas, pois é bem assim mesmo. Algumas coisas que são postas em livros geralmente podem acontecer na realidade, pois o mal sempre está por perto, mas serve como uma reflexão mesmo. Para que a gente não caia neste abismo.
ResponderExcluirOi Gustavo.
ResponderExcluirNão conhecia esse livro mas gostei muito da premissa. Fiquei encantada com a historia. Gosto muito de histórias de fantasia. Estou curiosa por ler esse livro.
Oi, tudo bem?!
ResponderExcluirEu vi você falando desse livro no seu instagram, fiquei super interessada em ler, eu amo fantasia e achei a capa desse livro sensacional!!
Gustavo, eu não conhecia o livro, mas como sou fã de distopias fiquei bastante interessado. Nossa, nem pensar que coisas assim possam acontecer com a gente, mas também não duvido nada. Gosto desses acontecimentos impactantes no final.
ResponderExcluirEu acho o jeito mais natural de se referir ao livro, com uma história realmente interessante do século passado.Não conhecia o livro,o fato é que uma obra de literatura imortalizada em qualquer meio que seja sempre referida no presente.
ResponderExcluiradorei, eu curto bastante a forma como você destaca trechos legais do livro nas suas resenhas. Eu quero bastante ler esse livro, então valeu por essa resenha!
ResponderExcluirEu gosto muito de distopias,é sempre bom conhecer uma diferente! Seu post ficou super completo, isso ajuda MUITO na hora de criar a listinha literária obrigada pela dica! Seu blog sempre traz livros interessantes, é ótimo acompanhar, realmente é de grande ajuda ♥
ResponderExcluirBeijos!
Oi, achei a premissa super interessante, com todos esses elementos sobrenaturais, um rei que virou sombras, as regras e coisa e tal. Fiquei curiosa para ler.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirAchei interessante a premissa, mas agora estou focando em algumas leituras de fantasia, quando pegar as distopias certamente vou me interessar em conhecer mais dessa dica.
Beijos!
Camila de Moraes
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirA premissa parece bem interessante.
Então, em distopias, nas boas, é bem assim que a gente se sente, com medo de vir a se tornar real. É tenso.
Fiquei curiosa sobre a tal maldição é o desfecho da obra.
Beijo.
Oi!
ResponderExcluirAinda não conhecia esse livro. Gosto bastante de fantasias distópicas e a sinopse me deu um arzinho de conto medieval.
A história parece ser repleta de aventura e o toque sobrenatural parece deixar tudo mais interessante. Já anotei a dica para ler depois.
Abraços
FLeituras
Oi, ainda não conhecia esse livro, parece ter uma história bem diferente e interessante. Muito boa sua resenha, parabéns pelo blog, super bjoo
ResponderExcluirNão conhecia o livro e nem o autor, mas a premissa parece ser bem interessante. Anotei a dica pra ler o livro futuramente.
ResponderExcluirSó não curti muito a capa.
Olá Gabriel!!!
ResponderExcluirEu não conhecia o autor nem a obra, porém eu não sou a maior fã de distopias e são raras as que me atraem. Porém, admito que essa acabou me atraindo acho que por conta de toda a fantasia por trás e tal.
A dica está anotada aqui ^^
lereliterario.blogspot.com
Ola, tudo bem?
ResponderExcluirNossa... nao conhecia esse livro e nem o autor, mas infelizmente eu nao estou muito focada nesse tipo de livro atualmente então, apesar de ser uma otima pedida e impressionante de alguns modos, esse livro nao é pra mim
beijos
Nós sofremos a lavagem cerebral o tempo inteiro Quando pensamos no conceito de escola.
ResponderExcluirapesar de ser uma obra de ficção ela reflete muita coisa sobre a nossa sociedade
Bjs
www.meloleticia.com.br
Oi Gustavo,
ResponderExcluirEu simplesmente amei esse enredo com tantos questionamentos importantes servindo como trama na obra. Ainda não conhecia o livro, mas já anotei o nome por aqui para ler futuramente. Parabéns pela resenha! Bem esclarecedora sobre o que encontrar na obra. Bjim!
Tammy