Conto: Berenice
Livro: Edgar Allan Poe – Medo
clássico, vol. 1
Autor: Edgar Allan Poe
Editora: Darkside
Ano: 2017
Páginas: 400
Onde comprar: Amazon, Darkside
Olá leitores, tudo bem? O Leitura Enigmática, junto com o blog “Conduta Literária” estamos com o projeto #lendopoe e hoje é a vez de lhes apresentar a resenha do conto “Berenice”, que faz parte da seção “Mulheres etéreas” no livro.
O conto nos traz a história de um homem chamado Egeu, prestes a se casar com sua prima Berenice, possui tendências a cair em períodos de intenso foco e a separar-se da realidade. Berenice começa a padecer de uma doença desconhecida até que a única parte do seu corpo a permanecer saudável são os seus dentes, com os quais Egeu desenvolve uma obsessão.
Confesso que foi um conto em que Poe estava bem inspirado, pois a forma poética, mas ao mesmo tempo melancólica, repleta de suspense e dark, faz o leitor se arrepiar durante a leitura, pois a emoção que nos passa é surpreendente, é como estar em um filme de terror, mesclado com um romance dramático.
O que me chamou a atenção nesse conto foi a ausência de personagens secundários com nomes, apenas são apresentados por suas profissões e a forma doentia de como Egeu deseja Berenice, é como se ele desejasse coloca-la em um pedestal e adorá-la como uma deusa.
“Nos dias mais fulgurantes de sua beleza sem par, estou certo de que jamais a amara”.
É um conto curto, com um final horripilante, que do nada o autor joga essa cena sem menos esperarmos, o que deixou a história sensacional. Em momento algum a narrativa é arrastada ou desinteressante, ao contrário é muito fluída e que aguça a curiosidade de quem está lendo.
Portanto, se ainda não leu essa bela história de amor gótico, não deixe de conferir “Berenice” e contemple todo esse carinho doentio e obsessivo que Egeu tem para oferecer, é uma leitura que recomendo para todos.
Sobre o autor
Edgar Allan Poe (1809-1849) foi um poeta, escritor, crítico literário e editor norte-americano. Autor do famoso poema “O Corvo”. Escreveu contos sobre mistério, inaugurando um novo gênero e estilo na literatura.
Edgar Allan Poe nasceu em Boston, nos Estados Unidos, no dia 19 de janeiro de 1809. Filho de atores ambulantes, quando tinha um ano, o pai deixou a casa e, no ano seguinte a mãe faleceu. Com dois anos foi adotado por um rico comerciante escocês. Fez seus primeiros estudos em Glasgow, na Escócia, e em um internato em Londres, onde a família se estabeleceu.
Em 1820 já estava de volta aos Estados Unidos onde continuou os estudos em uma escola de Richmond, Virgínia. Em 1823 escreveu seus primeiros poemas. Em 1826 ingressou na Universidade de Virgínia. Nessa época envolveu-se com o jogo e o álcool. Tinha uma relação conflituosa com o pai adotivo.
Em 1827 publicou seu primeiro livro de poemas “Tarmelão e Outros Poemas”. Já em 1829 vai viver com sua tia e uma prima. Em 1830, Allan Poe ingressa na Academia Militar de West Point. Depois de oito meses foi expulso por indisciplina. Em 1831 publica o livro “Poemas”. Em 1833 recebe um prêmio do Saturday Visitor, por seu “Manuscrito Encontrado Numa Garrafa”.
Em 1835 Allan Poe tornou-se editor literário da Soltber Literary Messenger. Nesse mesmo ano, casa-se com sua prima de apenas 13 anos. Seu problema com a bebida se agravou, sendo despedido do emprego. Muda-se para Nova Iorque, trabalha em alguns periódicos e escreve suas obras. Em 1847 sua mulher morre, agravando ainda mais o seu vício com o álcool.
Em 1849, após viajar de Richmond para Baltimore, perde-se pelas ruas, sendo encontrado bêbado, delirando em uma taberna e levado para um hospital onde passa seus últimos dias.
Edgar Allan Poe morre em Baltimore, Maryland, Estados Unidos, no dia 7 de outubro de 1849.
Allan Poe deixou poemas, contos, romance com temas de mistério e de horror. Muitas de suas obras exploram a temática do sofrimento causado pela morte. O poeta acreditava que nada seria mais romântico que um poema sobre a morte de uma mulher bonita.
É considerado o criador do conto policial, seus poemas mergulham na tristeza e as narrativas em temas de morte, que refletiam os tormentos do autor. Por outro lado, possuía grande capacidade analítica sendo considerado o pai das modernas histórias de detetive. Sua primeira novela policial foi “Assassinatos na Rua Morgue” (1841).
Suas obras foram um marco para a literatura norte-americana contemporânea, com destaque para "Contos do Grotesco e Arabesco” (1837), contos que influenciaram diversas gerações de escritores de livros de suspense e terror, e os poemas, “O Gato Preto” (1843), “O Corvo e Outros Poemas” (1845) e “Annabel Lee” (1849). (Fonte, clique aqui).
@Gustavo Barberá – 09/04/2021.
Oi Gustavo, tudo bem?
ResponderExcluirNunca li nada do Poe mas adoro essa pegada gótica, meio suspense, meio terror. Curti a dica e espero ter a chance de conferir esse conto e o livro (cuja capa é linda, hein).
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas