Resenha do livro "Anne de Green Gables"

Título Original: Anne of Green Gables
Autora: L. M. Montgomery
Ano: 2020
Editora: Coerência
Páginas: 322
Onde comprar: Amazon, Coerência

* Livro gentilmente cedido pela editora.

 

     Anne de Green Gables é uma história infanto juvenil que está conquistando leitores de todas as idades coma ingenuidade e doçura de uma menina que enxerga a vida como um conto de fadas. A trama é antiga, escrita pela autora L. M. Montgomery em 1908, mas que atravessou os tempos fazendo tanto sucesso que ganhou uma adaptação pela Netflix, intitulada “Anne with e” e tendo a atriz canadense Amybeth McNulty no papel da protagonista.

     O livro conta a história de Anne Shirley, uma órfã adotada acidentalmente por um casal de irmãos que desejava um garoto para ajuda-los nos afazeres da fazenda e Green Gables, o qual ficam atordoados ao verem que enviaram uma garota. Mas o carisma contagiante dessa garotinha os conquistaram e eles decidiram ficar com ela. A partir daí uma emocionante aventura surge nessa trama.

 

      O mais tocante é a simplicidade e inteligência que a personagem principal possui, a forma em que ela se comunica e de como ela pensa das situações da vida. E como essa menina fala. Há momentos em que a página é praticamente de diálogos dela, chega a dar falta de ar na gente. Eu me diverti muito.

“Oh, é delicioso ter ambições. Estou tão feliz por ter tantas. E nunca parece haver um fim para elas, por isso é o melhor de tudo. Assim que você conquista uma ambição, vê outra brilhando em um lugar ainda mais alto. Isso torna avida tão interessante...”

 

     E como Anne é exagerada. Ela faz o maior drama para que tenham piedade dela, quando apronta. Ela filosofa demais durante algum problema que chega a ficar engraçada a situação e não é que a danada convence as pessoas! Até conseguiu tirar o mau humor de uma senhora, o qual era muito carrancuda. Quando menos se espera, ela conquista toda a região de Green Gables.

 

     Narrada em terceira pessoa, o livro possui um enredo que prende o leitor na história de forma que não se deseja largar, além de notar explicitamente um amadurecimento da personagem no decorrer da mesma. Anne fica mais responsável, fala menos, assim como imagina menos também. Seus dotes acadêmicos, a transformou em uma aluna brilhante e com destaque entre seus amigos e professores, fazendo com que ela colhesse muitos frutos.

“Não é certo concluir algo sobre alguém levando em consideração apenas sua aparência, o que você pode ver por fora”.

     Só que nada é um mar de rosas na vida. Momentos difíceis aconteceram na narrativa, fazendo com que Anne tomasse decisões muito difíceis, mas que foram precisas. Conforme a história vai chegando ao final, o sentimento brota de uma forma tão grande, que leva o leitor a catarse. Quem se emociona fácil, prepare o lenço. E o livro em si é muito bonito. Além da belíssima capa, possui uma diagramação maravilhosa e uma fonte bem confortável de ler.

     Portanto, se está curioso em ler essa obra, não perca tempo. É uma história antiga, mas com uma adaptação da escrita, sem palavras difíceis ou da época em que foi criada. Só digo que vale muito a pena e recomendo demais. A tradução foi de Giovanna Vaccaro e Lucas Fernandes.

Sobre a autora

Lucy Maud Montgomery, OBE (30 de novembro de 1874 – 24 de abril de 1942), "Maud" para a família e amigos, foi uma escritora canadense, mais conhecida como L.M. Montgomery, autora de uma série de romances que teve início com “Anne of Green Gables”, publicado em 1908.

Após sua publicação, “Anne of Green Gables” teve sucesso imediato. A personagem principal, Anne, uma garota órfã, tornou Montgomery famosa na época, dando-lhe inclusive destaque internacional. 

Esse primeiro romance foi seguido por uma sequência de outros, em que a personagem Anne era a protagonista, e tais romances serviram de base para a aclamada série canadense de 2017, da CBC, “Anne of Green Gables” e também para vários filmes e programas, incluindo “Road to Avonlea”, que foi apresentado no Canadá e Estados Unidos de 1990 a 1996.

@Gustavo Barberá – 04/05/2020.

Menu