Resenha do livro Caraval

Título Original: Caraval
Autor: Stephanie Garber
Ano: 2017
Editora: Novo Conceito
Páginas: 352
Onde comprar: Amazon, Novo Conceito

Fazia tempo que desejava ler algo diferente, uma história com aventura e emoção, daquelas que não vemos o tempo passar e “Caraval” foi esse livro. Surpreendente, agitado e perspicaz, a obra não deixa você ficar na sua zona de conforto, pois ela praticamente te chama para participar da história, junto aos personagens.

          O livro conta a história de Scarlett e Donabella Dragna, irmãs que sofrem nas mãos de seu pai que é Governador da ilha de Trisda em que vivem. Cansadas dessa vida que possuem, Scarlett escreve cartas para Lenda – o organizador do Caraval – um jogo que acontece todo ano em outra ilha um pouco longe de onde as irmãs moram. Até que certo dia, elas recebem um convite de Lenda para participar do evento e fogem para lá. A partir daí muitas surpresas, perigos, decepções e desafios acontecerão.

 

          É uma obra que mistura fantasia, magia e muita ação. A correria dos personagens, a astúcia e inteligência para decifras os enigma, faz com que a história fiquei dinâmica o tempo todo, e me assustava quando menos esperava com surpresas que a mesma trazia de supetão.

“Às vezes sentia que toda a Trisda estivesse sob uma cúpula, uma enorme peça de vidro que prendia a todos em seu interior, enquanto o pai os olhava do alto, movendo – e removendo – as pessoas que não estivessem nos devidos lugares”.

          Narrada em terceira pessoa, o livro traz um enredo que irá te prender do início ao fim, pois em nenhum momento a história se torna arrastada, nem monótona, mas precisamos de ler com muita atenção, pois fatos que aconteceram anteriormente são citados mais para frente na narrativa e vemos como a escritora soube montar uma narrativa inteligente e bem feita.

 

 

 

          No decorrer da história, muitos personagens secundários vão surgindo, outro fato que precisamos ficar atentos, pois a maioria são peças fundamentais da história, assim como os protagonistas. São de personalidades fortes, determinados e astutos. Trabalham muito bem no decorrer da narrativa.

“Havia simplesmente algo selvagem em Julian que não poderia ser domado pelos trajes de Lenda. A superfície angulosa do rosto, a expressão astuta no olhar”.

          Gostei demais também do cenário descrito do decorrer da história, ele parecia ter vida própria, me impressionando, com aquele ar sinistro e agoniante. O mesmo falo do tempo psicológico que se uniu ao tempo cronológico e juntos passaram aquele ar de revanche, amor não correspondido e traição. Foi incrível ver essas características marcantes e bem presentes aqui. E a narrativa se fecha com um final que me deixou sem fôlego. Quantas revelações surpreendentes.

 

 

 

 

 

          E quem ainda não leu “Caraval”, não sabe o que está perdendo, uma história reveladora, agoniante, mas ao mesmo tempo curiosa. E não para por aí. Ela continua em seu segundo volume da trilogia, chamada “Lendário”, portanto não fique esperando aí e inicie a leitura o mais rápido possível. A tradução foi de Camila Fernandes.

@Gustavo Barberá – 12/09/2019.
 

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