Resenha do livro "A nuvem"

Título Original: Scythe – Volume 2
Autor: Neal Shusterman
Ano: 2018
Editora: Seguinte
Páginas: 496

O livro “A nuvem” volume 2 da trilogia “Scythe”, chega para não apenas dar uma continuidade de “O ceifador”, mas revolucionando e quebrando paradigmas dessa distopia que deixou os leitores alvoroçados e desejando uma sequência logo de imediato.

          A história continua sendo regulada pela incorruptível Nimbo – Cúmulo, que é uma nuvem de dados avançada. Só que nesse meio tempo aparece um ceifador denominado Lúcifer que irá fazer justiça com as próprias mãos e Citra, mais conhecida como ceifadora Anastássia será o centro das atenções dentro da Ceifa.

          Eu notei que a história parece se centralizar em três narrativas: As ceifadoras Curie e Anastássia, Rowan e um novo personagem que aparece chamado Greyson Tolliver. E no decorrer da leitura, senti também um tipo de picuinha entre os ceifadores, um implicando com o outro quando se reuniam.

“Preserve essa sua consciência, Anastássia. Nunca a deixe perecer. É a posse mais valiosa de um ceifador”.

          Muitos assuntos que pensávamos ter se resolvido em “O ceifador”, reaparecem e fatos que pensávamos estarem concluídos voltam a tona, nos surpreendendo sem que esperássemos. Aqui apareceu mais um “rótulo” criado pela nuvem que são os “Interface da autoridade”, pessoas que saem das regras ou provocam confusões que não são de agrado para a Nimbo Cúmulo, recebem um carimbo com um “I”, até cumprirem suas penas. Até lá estão restritos de todas suas atividades.

          Nesse livro, a história parece estar mais madura do que a apresentada em “O Ceifador”, pois sai um pouco do foco dramático adolescente de Rowam e Citra, mas sim na história propriamente dita, onde no decorrer da mesma, muitos personagens secundários vão aparecendo, portanto precisamos de muita atenção.

“Eu, a Nimbo Cúmulo, sou perfeita”.

          Falando em personagens, destaco um novo protagonista que surgiu nessa trama, que é Greyson Tolliver. Ele surge logo no início da narrativa e vai até o fim. E chegou roubando muitas cenas, o escritor soube cria-lo para destacar e não apenas para somar ao elenco.

          Narrada em terceira pessoa, o enredo dessa obra é intensa, onde podemos conhecer melhor a Cúmulo Nimbo, pois no início de cada capítulo, ela tipo de conversa com o leitor, podemos ler seus pensamentos. Também aparece a como em toda distopia, o lado negro da sociedade que nesse caso é a corrupção dentro da Ceifa por parte de alguns ceifadores e o senso de tentar fazer justiça com as próprias mãos, já que ninguém toma providências, o que faz o ceifador Lúcifer perseguir os ceifadores corruptos.

“Sempre tive uma preocupação especial por aqueles com alta probabilidade de mudar o mundo. Não posso prever de que forma viria essa mudança, só que tem chances de efetuá-la”.

         Agora, o final desse livro me deixou de queixo caído, jamais esperaria que a história tomaria esse rumo. Estou muito curioso para saber o que será daqui para frente e isso só com o volume 3, onde tudo terá um basta. Enquanto ele não vem, quem não leu “O Ceifador” e “A nuvem”, tem tempo para fazer isso, pois não sabem que leituras estão perdendo. A tradução foi de Guilherme Miranda.

 

@Gustavo Barberá – 28/09/2019.

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