Título
Original: The Grace Year
Autora: Kim Liggett
Ano: 2019
Editora: Globo Alt
Páginas: 356
Onde comprar: Amazon
Autora: Kim Liggett
Ano: 2019
Editora: Globo Alt
Páginas: 356
Onde comprar: Amazon
Fico imaginando o quanto as mulheres sofreram
séculos atrás com rótulos e acusações sem fundamentos e sendo preparadas apenas
para serem serviçais do lar e reprodutoras. É um absurdo e revoltante essas
ideias de antigamente, mas que ainda está em partes presente em nossa sociedade
atual. E no livro “O ano da graça”, a autora aborda esses temas em uma história
incrível que estará em breve nos cinemas, pela Universal Pictures com
produção e direção de Elizabeth Banks.
A história se passa no Condado
de Garner, onde as mulheres eram consideradas bruxas, com poderes obscuros e
que precisavam se purificar antes do casamento, assim que ocorrer a menarca.
Elas ficam um ano isoladas de todos e passam por momentos de humilhação, medos
e torturas. Bem estilo da época da Inquisição.
Gente, esse livro é incrível!
Que história bem elaborada, com um andamento formidável, sem gatilhos e que
prendeu do início ao final. Em momento nenhum ela se torna arrastada e me
aguçou vários sentimentos, principalmente o de raiva por uma determinada personagem.
A obra é caracterizada como distopia, mas temos muito suspense, toques
sobrenaturais, além de ser um belo thriller psicológico também.
“Destrancando
a porta, ele a escancara. E fica ali, de pé, coberto de suor, o machado ao seu
lado”.
Em um enredo envolvente e muito bem construído, a
trama é narrada em primeira pessoa pela protagonista Tierney que tem uma performance
incrível na história, que a cada momento um novo acontecimento surge, mentiras,
desejos de vingança, inveja e egoísmo estão presentes constantemente.
E como sempre, a corrupção na política aparece e
fica explícita que acontece desde os primórdios da civilização, é muito
revoltante a forma que eles criam as regras, para facilitar uns e prejudicar a
maioria. O livro encerra com um final de arrepiar, nos deixando refletir sobre
tudo o que aconteceu na obra e comparando se até hoje partes da trama ainda
acontece ou não.
“Há um
longo e insuportável silêncio. O peso de uma verdade profunda e sombria”.
Se ficou curioso(a) e deseja ler “O ano da graça”,
digo que vale muito a pena, será uma excelente aquisição e não se arrependerá.
É uma obra que recomendo para todos com a mais absoluta certeza. A tradução foi
de Sofia soter.
Sobre a autora
Aos dezesseis anos, Kim
Liggett mudou-se de sua cidadezinha no interior dos EUA para viver a
agitada rotina de Nova York. Desde então, já trabalhou com música,
atuação e dança. Em seu tempo livre, Kim gosta de jogar tarô
e descobrir novos perfumes. O
Ano da Graça é seu quinto romance, o primeiro publicado
no Brasil pela Globo Alt.
@Gustavo Barberá – 19/06/2020.
Oi, Gustavo!
ResponderExcluirLembro que ano passado, quando esse livro foi lançado, eu fiquei muito interessada nele, apesar da capa não ajudar em nada. Mas o tempo foi passando e esqueci dele. Fiquei muito feliz com a sua resenha, pois atiçou novamente a minha curiosidade.
Não sabia que teria filme e muito menos com direção da Elizabeth Banks. Bom saber, pois gosto muito dela - como atriz e como diretora.
Bjss
http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/2020/06/resenha-para-sempre-alice.html
Já me recomendaram muito esse livro, dizendo que se eu tinha gostado de O Conto da Aia, precisava ler esse livro! Mas, infelizmente, ainda não tive a oportunidade. :(
ResponderExcluirÉ revoltante tudo o que as mulheres já tiveram que passar e continuam passando, mesmo em pleno século XXI. Sei que ficarei furiosa com esse livro, mas está nos meus planos sim lê-lo! Preciso me preparar emocionalmente antes, ainda mais porque você disse que o final é de arrepiar. Tenho até medo de imaginar esse final...
Olá, tudo bem? Como uma boa fã de distopia, esse livro está na minha lista de prioridades há tempos. É bom ver universos distópicos que demonstram a importância do feminismo ser algo a ser lutado por tudo que a gente já passou (e infelizmente, ainda vai passar). Eu só vejo elogios rasgados para a obra, o que aumenta ainda mais minha curiosidade. Dica mais que anotada!
ResponderExcluirBeijos
Oi Gustavo!
ResponderExcluirNão conhecia este livro, mas fiquei encantada com sua resenha e mais, fiquei imaginando através da sua resenha como seria nessa época como as mulheres deveriam se sentir. Me revolta e fico pensando na época em que estamos agora como conseguimos conquistar pelo menos um pouco de respeito. Obrigado pela dica, vou ler pois aguçou minha curiosidade, parabéns pela resenha, abraços!
Oi Gustavo, tudo bem?
ResponderExcluirNunca tinha ouvido/lido nada sobre esse livro, mas gostei bastante da premissa do livro, curto muito de distopia e esse me lembrou um pouco a série The handmaid's tale, que eu to louco para a assistir!
Adorei a resenha e as fotos, abraço!
www.marcasliterarias.blogspot.com
Esse título me lembra livro evangélico mas pela resenha não tem nada disso né? Fiquei curiosa para ler.
ResponderExcluirBeijos