Resenha do livro "A última festa"

Título Original: The hunting party
Autora: Lucy Foley
Ano: 2019
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Onde comprar: Amazon

Todos já desejaram realizar uma loucura em sua vida, mas uma das quer mais me deixa claustrofóbico é me isolar da sociedade. Saber que estou a quilômetros longe de tudo envolvido por neve e poucas pessoas, no meio do nada, me faz sentir em um Big Brother mortal. Bom, tirando o programa televisivo, é mais ou menos assim o que acontecer em “A última festa”, de Lucy Foley, um thriller que irá nos levar em um local solitário da Escócia, mas nada pacífico.

     A história nos conta sobre um grupo de amigos que se conhecem desde a faculdade resolvem passar o ano novo em uma pequena pousada, onde depois de alguns dias estaria coberto pela nevasca rígida do inverno que aquele país possui. E o que eles pensariam que seria diversão, acaba em algo inesperado: um assassinato.

 

     Essa obra foi muito falada no meio literário, o que me fez criar muitas expectativas, mas me decepcionei feio, pois não era o que eu esperava, portanto não me agradou, pela falta de uma história mais voltada para o estilo que o livro é caracterizado.

“Então um som rasgou tudo. Um grito agudo, desesperado: o medonho, o som de uma pessoa afligida por uma dor insuportável”.

     A história fala o tempo todo no comportamento dos personagens, poucas vezes discorre sobre o assassinato em si e, sinceramente, de thriller psicológico e suspense, não tem nada, não me gerando nenhuma sensação de angústia, ansiedade, muito menos aguçando minha curiosidade para saber o que aconteceria mais para frente.

 

     Narrada em primeira pessoa, o livro tem capítulos bem curtos e cada personagem conta aos poucos sua vida presente na trama, o que tira o foco da história rem si. São poucos os capítulos em que se trata da situação do assassinato, o que não me deixou satisfeito e mesmo tendo uma pequena reviravolta no final, pensei que fosse melhorar, mas nada aconteceu.

“ Mas aqueles que choram e gritam, também estão sofrendo. As formas de expressar a dor podem ser tão diversas quanto as formas de vivenciá-la”.

     Então, se você está curioso, deseja ler essa obra, sinceramente, eu digo: leia. Falo isso, pois muitos leitores gostaram, o que fica claro que o gosto vai der cada um, eu não gostei, mas não é aquele livro que digo para você passar longe, pois quem sabe essa história te conquiste. A tradução foi de Marina Vargas.

 

Sobre a autora

Lucy Foley estudou Literatura Inglesa e trabalhou durante anos no mercado editorial como editora de ficção, até se dedicar à escrita em tempo integral. A Última Festa é sua estreia na literatura de suspense, após a publicação de três romances históricos, que foram traduzidos para dezesseis idiomas. Já escreveu para veículos como ES Magazine, Sunday Times Style, Grazia e outros.

@Gustavo Barberá – 08/06/2020.

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